O encontro terá lugar na próxima sexta-feira na nunciatura apostólica na capital portuguesa
Francisco reunir-se-á com uma dezena de líderes e representantes de confissões religiosas enraizadas em Portugal por ocasião da sua viagem para participar na Jornada Mundial da Juventude, conforme noticiou o portal português 7MARGENS. O encontro terá lugar na manhã da próxima sexta-feira, na nunciatura apostólica que a Santa Sé tem em Lisboa.
Como tem tentado fazer na maioria das suas viagens oficiais, como em novembro de 2022 no Bahrein ou em abril deste ano na Hungria, o pontífice baseará o seu encontro inter-religioso na Unidade cristã e diálogo inter-religiosodois dos eixos mais presentes desde o início do seu pontificado, há mais de dez anos.
Nessa linha, espera-se também que Bergoglio participe com outros líderes de confissões religiosas no encontro que será realizado, no próximo dia 2 de agosto, em Centro Cultural de Belémna qual participarão também as autoridades portuguesas, o seu corpo diplomático e representantes da sua sociedade civil.
Segundo a agência americana Serviço de Notícias Católicasos organizadores desta primeira Jornada Mundial da Juventude após a publicação da encíclica Fratelli Tutti sobre fraternidade e amizade social, quiseram enfatizar este ano a dimensão inter-religiosa do encontro. Assim, os participantes poderão ainda visitar uma mesquita, uma sinagoga e um templo hindu que estão entre as atividades oficialmente recomendadas.
O encontro com vítimas de abuso
Ao longo desta semana, o Papa realizará também outras audiências e encontros de carácter privado. Destaca-se, por exemplo, aquele que ele realizará com vítimas de abuso sexualcuja data e local não foram divulgados para proteger a identidade das vítimas, segundo o Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
Neste sentido, durante os últimos dias apareceram cartazes em Lisboa lembrando que alguns 4.800 menores sofreram abusos dentro da Igreja portuguesa desde 1950, conforme revelado no início deste 2023 no relatório encomendado pelo próprio CEP a uma comissão independente de especialistas. Os cartazes surgiram como resposta à ausência do tema dos abusos no programa oficial, que contempla apenas o encontro entre o Papa e este pequeno grupo de vítimas.