É a primeira entrevista que ele dá desde que foi consagrado monge de Montserrat
“Eu queria redescobrir um Deus próximo e que atue na vida de todos”. Esta foi uma das principais razões pelas quais trouxeram Frederico Fosalba (Sant Esteve Sesrovires, 1971) para se tornar o 49º monge consagrado de Montserrat, há poucos dias, como ele próprio reconheceu na sua primeira entrevista num meio de comunicação depois de decidir dar este passo.
Já esteve no programa Não seido RAC1, e, em pouco menos de trinta minutos, Fosalba explica, por exemplo, que tomou essa decisão há cinco anos, embora seu vocação ele acordou pouco antes de completar 30 anos. “Não foi uma decisão que tomei da noite para o dia – reconhece o monge beneditino – mas vivi situações que me trouxeram até aqui. Em casa nunca houve uma presença constante de Deus, mas aprendi a tomar decisões fundamentadas para seguir em frente”.
Depois de abandonar os estudos da BUP e passar mais de duas décadas numa empresa privada, ingressou no noviciado em 6 de agosto de 2018, onde posteriormente estudou Filosofia e Teologia. Para além da sua responsabilidade na Escolania, destaca-se a sua ligação à comunidade como responsável pela oficina de encadernação e pela estação meteorológica do mosteiro.
Questionado sobre a forma como vivem os monges beneditinos, Fosalba comenta que “o ritmo de Montserrat é muito constante e muito rápido. Ainda não consegui parar, mas decidi viver esta vida de forma consciente.” Uma decisão, sublinha, que lhe permitirá continuar a manter contacto telemático e presencial com a família e amigos, “apesar de ter de abdicar de certas coisas, como bens materiais, como uma casa que tinha, que Eu vendi”.
Respondendo a outra pergunta, referente à presença das mulheres na Igreja Católica, a entrevistada considera que passos como a inclusão de vozes femininas na Escolania de Montserrat são importantes. “A Igreja é composta por mulheres e homens, nas suas dificuldades e nas suas virtudes. esse ajudar a renovar a Igreja e acho que é bom. Estão a ser dados passos a nível jurídico e social para alcançar a igualdade, é necessário“, afirma
A entrevista pode ser ouvida na íntegra acessando este link.