Mais de trinta judeus americanos invadiram a sede das Nações Unidas na última terça-feira, 9 de janeiro, para exigir um cessar-fogo imediato em Gaza. O evento foi organizado pelas Vozes Judaicas pela Paz, Judeus pela Justiça Racial e Económica e Rabinos pelo Cessar-Fogo.
De acordo com informações de Huffington Post, os manifestantes entraram no local como parte de uma visita guiada. Uma vez lá, eles entraram na sala do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde recitaram orações e cânticos a favor de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Durante o protesto, que os próprios grupos transmitiram ao vivo através das suas redes sociais, foi exigido à administração do presidente Joe Biden que permitisse a aprovação das resoluções do Conselho de Segurança em vez de bloqueá-las.
“Continuamos o nosso apelo a um cessar-fogo permanente, por a libertação de todos os reféns, pela ajuda a Gaza, pelo fim do apartheid. Os Estados Unidos não devem atrapalhar”, expressou um dos grupos através da plataforma X.
No passado dia 8 de dezembro, na mesma sala, os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança exigindo um cessar-fogo humanitário na Faixa, onde os massivos bombardeamentos militares israelitas mataram até agora cerca de 23 mil pessoas e feriram dezenas de milhares de pessoas nos últimos 96 dias. Treze dos quinze membros do Conselho votaram a favor da resolução, enquanto o Reino Unido se absteve. Também no mês passado, os EUA abstiveram-se de outra resolução diluída, destinada a garantir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
O chefe de comunicações dos Judeus pela Justiça Racial e Econômica esclareceu em declarações um Huffington Post o que o protesto não foi contra as Nações Unidasmas uma crítica ao papel dos Estados Unidos neste órgão, que foi criado em 1945 para promover a cooperação internacional e manter a paz e a segurança mundiais.
Durante os últimos três meses, os mesmos grupos judaicos organizaram numerosos eventos de protesto em diferentes lugares dos Estados Unidos. exigindo um cessar-fogo na guerra em Gaza. Uma das últimas ocorreu no último dia 8 de janeiro, quando manifestantes interromperam um discurso de Joe Biden em uma igreja em Chesterton, na Carolina do Sul.
Blinken visita o Oriente Médio mais uma vez
Entretanto, a guerra continua em Gaza, onde a situação humanitária é cada vez mais terrível. A tensão também permanece na Cisjordânia, onde o exército israelita e os colonos mataram mais de 300 palestinianos nas últimas semanas. Além do mais, o conflito ameaça espalhar-se para o norte, através da fronteira entre Israel e o Líbano. Lá, o exército israelita e o grupo islâmico Hezbollah estão envolvidos em confrontos que se encaminham para um confronto em grande escala.
Ele visitou a região mais uma vez esta semana Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, que insistiu na necessidade de fazer mais para proteger os civis em Gaza e defendeu uma solução de dois Estados. As autoridades israelitas responderam ao líder americano dizendo que intensificará as operações militares no centro e sul de Gaza e garantir que o país só será capaz de recuperar a segurança depois de derrotar o Hamas e quando o Hezbollah se retirar da fronteira.