O Encontro dos Não Crentes de Montserrat chega à sua sexta edição totalmente consolidada
Entre acreditar em Deus e não acreditar nele origina-se um oceano de pensamentos que qualquer ser humano pode experimentar durante sua vida. Um espaço que normalmente é identificado com oagnosticismo e onde preconceitos, equívocos e interpretações errôneas desempenham um papel proeminente. É por isso que, para remediá-lo, oAbadia de Montserrat vem estabelecendo há seis anos uma ponte de diálogo com pessoas que podem se sentir representantes deeste campo da ação humana —da mão, inicialmente, do missionário Sérgio de Assis, agora em Uganda.
“Mas não era tão fácil, naquela época, levar adiante esta proposta“, indicou o irmão de Montserrat Pau Valls domingo passado, ao apresentar na Rádio Montserrat uma análise da sexta edição do Encontro para Não Crentes —totalmente consolidado—, celebrado na abadia nos últimos dias 11 e 12 de novembro. Não foi, continuou ele, respondendo às perguntas do jornalista Òscar Bardají, “porque fazer uma Igreja ‘em saída’, como nos pede Francisco, ele ainda não foi visto com bons olhos“.
Mas chegou em 2023″há mais vontade de dialogar” por não-crentes, e, por isso, este projeto de abrir portas a todos aqueles que não costumam se misturar com o cristianismo teve que fechar listas logo antes doalta demanda do usuário quem queria se inscrever. “Por outro lado, este ano tivemos que diminuir a idade de aceitação dos participantes, pois havia jovens com pouco mais de vinte anos até idosos na casa dos oitenta”, reconheceu o monge.
Estas reuniões, que, para o actual coordenador da proposta, “nada mais fazem do que oferecer explicações sobre como adaptamos valores determinados monásticamente para que qualquer pessoa os possa adaptar no seu dia-a-dia”, destinam-se a vários tipos de pessoas. de público: de pessoas que são eles questionam a vida ou o que eles têm múltiplas crenças, até aqueles que apresentam dificuldade em se reconhecerem como crentes, são ateus ou manifestam alto grau de agnosticismo. Uma entrevista pessoal realizada previamente determina a autenticidade das posições de cada um e, terminada a reunião, “sempre há vontade de repetir“, finalizou o entrevistado.