“O ecumenismo de hoje é muito diferente do que se via anos atrás, quando eu era criança”

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Cinto Busquet, Sebastià Janeras e Eliseu Pradales exploram o diálogo inter-religioso em Calella

Os cristãos estão unidos por um vínculo que é mais forte do que qualquer coisa que possa separá-los religiosamente. Na verdade, este é o motor da bússola do ecumenismo no século XXI; um desafio para todas as igrejas que anunciam o Evangelho que se concentra, durante os sete dias do ano, na oração, como acontece durante Semana de Oração pela Unidade dos Cristãose que, este ano, teve a oportunidade de reflectir em profundidade desde o Auditório Municipal de Can Saleta de Calella, transformado na passada terça-feira em palco de um debate interconfessional, ou seja, entre representantes do mundo católico, oriental e protestante.

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Opondo-se a qualquer divisão que rompa com a vontade última de pregar a palavra do Senhor nos três casos, como se fosse uma saída missionária, Busquet de cinto, Sebastian Janeras eu Eliseu Pradales (reitor, orientalista e pároco, respectivamente) manifestaram o desejo prioritário de ver as igrejas cristãs vivendo harmoniosamente, complementando-se e sem imposições de qualquer espécie. “Uma saudade, apesar de tudo, que deixou de ser um sonho para se refletir mais em sociedades como a nossa – apontou Janeras, a mais velha – e que é muito diferente do que existia quando eu era criança”.

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Os diálogos teológicos convergiram nos últimos anos em torno do conceito-chave do comunhão: um elemento essencial que corresponde plenamente à visão do Concílio Vaticano II. Foi assim que, em apenas seis décadas, este campo dialético fez grandes progressos com as antigas Igrejas do Oriente, apesar da cisma de 1054 e torna ainda mais urgente rever o passado corrigir certas questões que separaram as comunidades cristãs (algumas causadas por mal-entendidos linguísticos, reconheceu-se na mesa redonda), “embora [el passat] não pode ser apagado”, como alertou Pradales.

Jesus Cristo não queria esta desunião, que poderia voltar a ser costurada, por exemplo, em aspectos como o social e o educativo, “onde há mais entendimento entre as confissões”, sugeriu o pastor evangélico. E não gostaria, em caso algum, que deixassem de existir, num ambiente sinodal”.irmãos na fé“, como Busquet se referiu aos fiéis de todas as comunidades cristãs que continuam a existir com as suas correspondentes diferenças. Mas mantêm, sim, um propósito comum, “mesmo sendo difícil ver pessoas não católicas que, na prática, façam uso da Bíblia Interconfessional Catalã”, argumentou Janeras. Do encontro definitivo entre as confissões cristãs, como quase se sabe; resta saber quando.

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