A organização ecumênica cristã faz uma declaração da Colômbia para exigir um cessar-fogo
O Conselho Mundial de Igrejas denuncia o sofrimento da população civil de Gaza. É uma das grandes preocupações desta organização ecuménica cristã reflectida no quadro da reunião realizada pela sua comissão executiva de 6 a 11 de junho na cidade colombiana de Bogotá.
Como resultado desta reflexão sobre a situação que a Faixa vive há mais de oito meses, a reunião serviu para aprovar por unanimidade uma declaração exigindo um cessar-fogo iminente no enclave, uma exigência que já foi destacada pelos seus representantes em um visita à Terra Santa com Isaac Herzogpresidente de Israel, em fevereiro passado.
Contudo, o documento não só exorta todas as partes envolvidas no conflito a comprometerem-se a um cessar-fogo permanentemas exige que todos eles garantam “acesso humanitário sem impedimentos de todas as fronteiras e a entrega de montantes suficientes de ajuda a todos aqueles que necessitam, bem como a participação em processos políticos significativos que permitam aos povos da região viver em paz e com dignidade”.
O Conselho Mundial de Igrejas recorda ainda que atualmente mais de 36 mil pessoas (na sua maioria crianças e mulheres) foram mortas no conflito, situação que, para a organização, é prova de uma “desrespeito pelos princípios fundamentais do direito internacional humanitário e pela moralidade”.
Na verdade, para esta instituição eclesial mundial, os pequenos de Gaza estão a pagar o preço mais elevado da guerra, já que mais de 140.000 deles foram mortos e gravemente feridos devido ao conflito entre o exército de Israel e o grupo islâmico Hamas. “Gaza tem agora o maior grupo de amputados pediátricos do mundo“, lamenta esta afirmação.
Por esta razão, a organização exige que a comunidade internacional “redescobrir seu compromisso moral e legal com direitos humanos iguais para todos”, exigindo ao mesmo tempo “a libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos em Gaza sem violência, bem como das pessoas detidas em Gaza e na Cisjordânia sem o devido processo legal”.
Apesar de a UNRWA – a agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente – ter sido o principal fornecedor de alimentos, água e abrigo para os civis de Gaza desde o início deste cerco, o documento aprovado pela organização eclesiástica que critica o governo de Israel”tentou demonizar a UNRWA e adicioná-la à lista de organizações terroristas“.