Parolin alerta que armas da OTAN para a Rússia podem levar a uma escalada de guerra “incontrolável”

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“Esta possibilidade abre uma perspectiva preocupante”, afirma o secretário de Estado da Santa Sé

“A possibilidade de utilização deArmas ocidentais em território russo abre uma perspectiva perturbadora que deveria atrair a atenção de todas as pessoas preocupadas com o destino do mundo”.

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Esta é a advertência do Cardeal Secretário de Estado da Santa Sé depois de saber que Joe Biden autoriza a Ucrânia a usar armas dos EUA pela primeira vez atacar em território russo, especificamente para responder ao cerco a Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

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Em declarações recolhidas pelos meios de comunicação vaticanos à margem da apresentação de um livro em Milão, o diplomata vaticano salienta que a tendência dos países da OTAN de retirar a proibição das suas armas na guerra entre a Rússia e a Ucrânia – a questão está a ser debatida estes dias numa cimeira em Praga – poderá levar a “uma escalada que ninguém mais será capaz de controlar”.

O regresso dos menores ucranianos deportados

Enquanto isso, em relação ao papel da Santa Sé no contexto do conflito ucranianoParolin ratifica o compromisso da Igreja “em escala humanitária”, um esforço que se manifesta sobretudo na questão do retorno à sua terra das crianças ucranianas deportadas à força para a Rússia.

As tentativas da Santa Sé neste sentido começaram com a visita do Cardeal Matteo Maria Zuppi, presidente dos bispos italianos, há apenas um ano, a Kiev e Moscovo. Segundo Parolin, a missão do arcebispo de Bolonha “está dando frutos”, embora não progrida tão rapidamente quanto se desejava. “Trabalhamos nestas áreas, não existem outras áreas”, sublinha o cardeal.

O voto nas eleições europeias

A pedido de próximas eleições europeiasNa semana passada, que será celebrada no dia 9 de junho, o cardeal garante que a posição da Igreja “nunca está orientada para os partidos” e que estes não podem expressar-se “a favor ou contra um ou outro”.

De qualquer forma, ele reitera a importância de “participar, expressar o voto, porque isso significa implementar e exercer a democracia“. O diplomata vaticano acrescenta ainda que na hora de votar é preciso “ter em conta os valores dos candidatos que estão próximos, à semelhança da sensibilidade católica”. “Diria que estes são os princípios orientadores que devemos respeitar no que nos diz respeito”, conclui.

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