O pontífice se reúne com o chefe da Obra no Palácio Apostólico do Vaticano
O Papa Francisco encorajou o Opus Dei a continuar trabalhando com uma “atitude de diálogo e colaboração”, como garantiu a prelazia em comunicado nesta segunda-feira, 24 de junho, após a audiência concedida pelo pontífice a Fernando Ocáriz, prelado da Obra, acompanhado de Mariano Fazio, vigário auxiliar.
Durante o encontro, que teve lugar no Palácio Apostólico do Vaticano, num “clima de calorosa proximidade e carinho”, Ocáriz revelou a Francisco detalhes do trabalho que está sendo realizado com o Dicastério do Clero pela adequação dos estatutos, sublinhando “o ambiente familiar e o diálogo aberto em que se desenvolvem”.
Estas obras visam adequar o regulamento interno do Opus Dei ao motu proprio Ad carisma Tuendampublicado em julho de 2022, e outro documento papal, datado de 8 de agosto de 2023, por meio do qual Francisco ele modificou os cânones relativos à prelatura pessoalque foram equiparadas a “associações clericais públicas de direito pontifício com competência para incardinar clérigos”.
Fernando Ocáriz aproveitou também a audiência para transmitir ao Papa alguns aspectos da preparação para o centenário do Opus Dei, que se celebrará entre 2028 e 2030. Neste momento, ele destacou as assembleias regionais que estão sendo celebrados com a participação de todas as pessoas da Obra juntamente com amigos e colaboradores.
Finalmente, o prelado informou Francisco sobre a sua próxima viagem à América do Sul. Sobre este assunto, o pontífice recordou “o trabalho altruísta que algumas pessoas do Opus Dei fazem nestes países” e encorajou Ocáriz a estar “próximo das pessoas, especialmente nos países onde há mais sofrimento e onde a tarefa evangelizadora é mais difícil”.
O bom humor do fundador
Há poucos dias, Ocáriz publicou uma mensagem dirigida aos membros da prelatura por ocasião da proximidade da festa de São Josemaria, que se celebra no dia 26 de junho e que este ano coincide com o 49º aniversário da sua morte.
No texto, o prelado do Opus Dei convidou a refletir sobre um dos aspectos que caracterizaram a vida do fundador da Obra: o bom humor. “Um estado de espírito (estar de bom humor), que geralmente é entendido como a disposição para perceber e mostrar os aspectos engraçados das situações.
Apesar de alertar que há “circunstâncias que não têm graça”, Ocáriz lembrou que “é possível manter a raiz mais profunda de uma bom humor que transcende coisas superficiais: alegria, que nasce sobretudo da fé no imenso amor que Deus tem por cada um de nós”. “Essa alegria”, acrescentou, “tem muito a ver com o humilde esquecimento de si mesmo para pensar nos outros e encarar a vida em termos de serviço”.
Recuperando um ditado de São Josemaria (“Nunca alcançaremos o verdadeiro bom humor se não imitarmos verdadeiramente Jesus; se não formos humildes como ele“) o prelado concluiu a carta pedindo aos fiéis que rezem por dois propósitos: o encontro de especialistas sobre os Estatutos e o fruto espiritual da viagem que nos próximos meses o levará a alguns países da Europa e da América.