O ex-núncio nos Estados Unidos é um dos eclesiásticos mais hostis ao Papa Francisco
O Dicastério para a Doutrina da Fé anunciou no início da tarde desta sexta-feira, 5 de julho a excomunhão do arcebispo italiano Carlo Maria Viganòa quem declarou “culpado do crime de cisma” pelos seus repetidos ataques ao Papa Francisco e por não reconhecer a sua autoridade.
“São conhecidas as suas declarações públicas, resultantes da sua recusa em reconhecer e submeter-se ao Sumo Pontífice, a comunhão com os membros da Igreja e a legitimidade da autoridade magisterial do Concílio Vaticano II“, destacou a organização em comunicado divulgado logo após a conclusão do processo penal extrajudicial contra o prelado.
Viganò, 83 anos, foi um dos eclesiásticos mais hostis ao Papa Francisco ao longo dos seus onze anos de pontificado. Foi nomeado arcebispo por João Paulo II em 1992 e desde então ocupou cargos importantes nos órgãos de governo da Santa Sé. Entre elas, as nunciaturas apostólicas na Nigéria (1992-1998) e nos Estados Unidos (2011-2016).
“O que me é imputado como a culpa da minha convicção agora permanece, confirmando a Fé Católica que professo plenamente”, disse Viganò através das redes sociais após o decreto, que teria recebido por e-mail hoje às 13h14. Na mesma publicação, dirigiu-se aos restantes bispos com uma advertência: “Se ficarem calados, chamarão as pedras”.
Viganò, o que ele não compareceu ao tribunal ou forneceu um advogado que o defende desde que o Vaticano abriu o processo penal contra ele, garantiu que é uma honra ser acusado de negar a legitimidade do Papa, de romper a comunhão com ele e de rejeitar o Concílio Vaticano II.
Por enquanto, a Doutrina da Fé garantiu que o prelado poderia ser punido com outras penas“sem excluir a expulsão do sacerdócio”, se a sua “ausência prolongada” ou “a gravidade do escândalo” assim o exigirem.