O Dia Mundial da Criança reúne dezenas de milhares de famílias no Estádio Olímpico de Roma
Ainda não eram cinco horas da tarde deste sábado, 25 de maio, quando o móbil papal de Francisco ele colocou as rodas na pista de atletismo do estádio olímpico de Roma, ocupando quase a totalidade das pistas destinadas às corridas de alto rendimento. O seu, porém, era um ritmo vagaroso, o que permitiu ao pontífice cumprimentá-los 50.000 pessoas que ali se reunia, entre jovens e velhos, enquanto fazia toda a circunvalação e era colocado num dos lados – com sombra – de todo este recinto desportivo.
Foi assim que a primeira edição do Dia Mundial da Criançaconvocado pelo próprio Bergoglio no final do ano passado e que nasceu com a intenção de se tornar um evento semestral para consolidar a relação entre os mais pequenos e a necessidade de criar um mundo mais justo e pacífico. Um mundo, aliás, onde o conhecimento entre diferentes culturas e condições se torna um diferencial para manter pontes de compreensão e diálogo, como garantiu Cristina Sanchezcoordenador de um grupo de sessenta pais e filhos que ali viajaram desde Madrid, uma das várias representações de Espanha.
E diante do Papa, uma vez sentados, desfilaram de crianças ucranianas a palestinos, que buscou no líder da Igreja Católica uma resposta para a angústia de ter nascido em terras de conflito. “Queremos apenas brincar, estudar e ser livres“, expressaram, emocionando todos os presentes. Durante quase uma hora, o Papa argentino atuou como mestre de cerimônias com a habitual recatada quando divide o palco com as crianças, e ouviu atentamente suas perguntas e reivindicações.
“As crianças são as professoras do desejo de um mundo melhor e fraterno”
Muitas das crianças que fizeram a peregrinação a Roma, “algumas delas apanhando um avião pela primeira vez na vida”, como reconheceu na relva Ibrahim Faltasvigário da Custódia da Terra Santa, manifestou ali, em nome de todas as crianças do mundo, a sua sonho de ser uma família. E entre as declarações e respostas espontâneas do Papa, algumas formularam questões de construção simples, mas difíceis de resolver, como se a paz é sempre possível ou se é realmente possível amar a todos.
Além disso, o “festival da esperança”, assim definido pelo Enzo Fortunato, diretor de comunicação da Basílica de Sant Pere e coordenador do dia, reiterou que as crianças são relevantes para o futuro do mundo. “Eles são os professores do desejo de um mundo melhor e mais fraterno”, reconheceu o sacerdote franciscano. Alguns professores, porém, que foram, em Roma, alunos por um dia de um único professor, o Papa Francisco, que em mais de uma ocasião recebeu uma consideração unânime mais íntima e especial: a deavô de todas as crianças do mundo.